21 dezembro, 2009

Réplica de Douglas Castilho sobre os livros...

Sou o escritor do texto sobre o trabalho com livros na escola, e não pude deixar de notar a critica que uma aluna portuguesa de 16 anos produziu a respeito do texto que por mim foi escrito.
Também possuo 16 anos, e admito que essa critica tem um valor peculiar para mim, já que a recebo de uma aluna possuidora da mesma idade que eu, que como estudante, conhece bem a nossa realidade.
Esclareço a aluna portuguesa, que a problemática exposta no texto, não gira em torno do peso exercido pela quantidade demasiada de livros, e sim, pelo fato de os alunos receberem os livros didáticos no inicio do ano, e deixá-los em estado de abandono e de desuso. Ocasionando assim, um desperdício de conteúdo e um prejuízo ao nível da aula.
Os alunos alegam que o material didático é, de fato, pesado. Mas é claro que isso não é motivo suficiente para deixar de levar os livros á aula, entretanto acontece que nem mais os professores cobram a presença dos livros, e de uma certa forma incentivam ao abandono, que poderia muito bem ser evitado com o rodízio de livros ou a implantação de armários escolares. E é em torno desse fato que há o verdadeiro problema. Como dito pela aluna de 16 anos, em Portugal o mecanismo de ensino é bastante rigoroso, entretanto aqui no Brasil, não se encontra essa rigorosidade, que pode-se manifestar por via dos castigos sujeitos aos alunos, no caso se não levarem os livros didáticos.
É claro, que essa exagerada dose de rigorosidade pode ser prejudicial. Mas um pouco de rigorosidade pode ser até muito proveitosa, e esta não é encontrada aqui, no Brasil, o que deixa professores, alunos e diretoria não verem problemas como esse mal uso do material didático nas escolas.
Os alunos alegam que não levam os livros por via do peso que eles produzem, entretanto, receio que se houvesse uma maior rigorosidade da parte dos professores ou da diretoria, os alunos levariam, corretamente, os livros para a sala de aula, mesmo estes sendo, um tanto, pesados. E diferente do ensino português, o ensino brasileiro não possui essa mesma rigorosidade.

Agradeço a critica produzida por essa aluna portuguesa.

Douglas Castilho- 1001


Para acompanhar todo o debate, clique aqui.

Postado por Eric, "estou achando super legal esse debate, esse espaço é justamente pra isso, trocar idéias com outros alunos acerca de suas realidades escolares!"

Um comentário:

Vito Ramon Gemaque disse...

Meus caros amigos, acho que o uso e desuso dos livros já foi muito discutido, por isso, proponho outro ponto.
O peso dos livros, usados ou não, que os alunos levam para a escola deve ser debatido mais profundamente.
Os "quilinhos" das mochilas devem ser vistos em todos os seus aspectos. Segundo, a Organização Mundial de Saúde - OMS, 85% das pessoas têm ou terão problemas de coluna, e vários desses problemas começam, adivinhem, na infância, gerado pela má postura devido a peso excessivo de mochilas.
Os médicos recomendam que o peso da mochila deve ser no máximo 10% do peso da criança, ou seja, se o menino ou menina pesar 35kg deve levar 3,5kg na mochila.
O problema com o peso pode até causar lesionamento nas placas de crescimentos ósseos, responsáveis pelo crescimento. Assim, como as crianças estão na famosa "fase de crescimento" o peso excessivo pode impedir que elas cresçam.
Olha só que coisa, não?
O peso das mochilas vai além de ser confortável ou não, é uma questão de saúde pública.
Esse assunto deve ser tratado com muita seriedade.
Um abraço a todos. E, parabéns pelo texto Douglas.

Dados da Escola

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio do Estado do Pará, localizada em Belém, no Cj. Satélite WE 5, s/n, fone: 3248-0743, temos 2200 alunos, divididos em 3 turnos, e em média 80 professores. Email do blog: donahelenaguilhon@gmail.com / Direção: Edson Motta/ Vice-Direção: Manhã- Eliana Ferreira , Tarde/ Noite- Alice Carvalho.